I Gustavo Raul Perino e Tarcísio Pereira Bastos I
Nas Artes, a peritagem é o conjunto de procedimentos e habilidades que permitem certificar se uma obra de arte contém características contextuais, técnicas e científicas correspondentes a um artista ou não. A perícia também tem o intuito de determinar o estado de conservação geral de uma escultura, pintura ou monumento histórico e seu valor de mercado. Realizar uma pesquisa de verificação da “autenticidade” de uma obra de arte sacra representa um desafio de imensa responsabilidade, principalmente quando essa peça é atribuída a um dos maiores mestres do barroco brasileiro, como é o caso de Antônio Francisco Lisboa, o “Aleijadinho”. Trata-se de um objeto devocional, escultura de Cristo Crucificado, talhada em madeira com policromia.
A escultura envolve histórias familiares de dois países vizinhos, Brasil e Argentina, que historicamente têm fortes vínculos históricos e econômicos. Trata-se de uma obra de valor artístico e comercial cuja “autenticidade” necessitava ser validada por uma perícia técnica que levou dois anos de pesquisa. Coordenado pela Givoa Art Consulting [2], os trabalhos resultaram num laudo pericial com 151 páginas [3], cujas informações foram sintetizadas neste artigo.
Subdividida em três etapas (Parâmetro Contextual, Parâmetro Técnico e Parâmetro Científico), a pesquisa analisou a conjuntura histórico-cultural de Antônio Francisco Lisboa, a partir de fontes bibliográficas, materiais, audiovisuais e depoimentos de connoisseurs de suas obras. Com o mesmo rigor, verificou-se a proveniência da peça, cuja história é tão fascinante quanto o objeto investigado. Realizou-se também um estudo estético, com análises estilísticas e linguísticas, que serviram para comparação das peças atribuídas ao artífice. O estudo técnico-científico da obra subsidiou os resultados da pesquisa para que se pudesse avaliar, comprovar e propor considerações de sua autoria.
Sob o ponto de vista técnico, as pesquisas das produções artísticas do “Aleijadinho” são escassas. Em muitas delas, limita-se a investigar apenas a materialidade das obras, com foco na ciência da conservação e restauração de bens culturais. Ainda não há trabalhos publicados com olhar pericial dessas obras, constituindo a peritagem, aqui apresentada, uma possível referência de estudo interdisciplinar e acadêmico.
Início da perícia
No começo da peritagem, formou-se uma equipe interdisciplinar [4] sob liderança de um perito com experiência internacional, que conduziu com a diligência devida os processos e métodos de análise até o limite das possibilidades e recursos estabelecidos para o referido trabalho. A peritagem da escultura atribuída a Antônio Francisco Lisboa iniciou com a hipótese de sua autoria baseada na proveniência da peça.
Na primeira parte da investigação, definiu-se e escolheu-se as obras pertencentes à uma produção corretamente identificada, que pudessem servir de base comparativa para os parâmetros estéticos e técnicos. Buscou-se também identificar pesquisas antigas e recentes acerca das obras do mestre. Após esses estudos prévios, adotou-se o critério de que não era possível dissociar a figura de Antônio Francisco Lisboa e seu ateliê à “Marca Aleijadinho”, limitando a perícia às obras que, por diferentes meios e avaliações, tenham sido consideradas autênticas, assim como aquilo que as publicações oficiais determinavam. Com a colocação dos diferentes cenários, documentos e teorias da história da arte, a equipe se posicionou sobre a relação da escultura do Cristo Crucificado com o contexto histórico, visando uma análise estético-técnica do objeto e sua comparação com as “obras testemunhas”.
Parâmetro contextual
Na peritagem artística, o parâmetro contextual tem o objetivo de localizar correlações temporais da peça questionada com o período produtivo de um artista, contemplando pesquisas textuais, bibliográficas, iconográficas e catalográficas. Nessa etapa também é investigada a proveniência da obra, considerando seu processo de transferência desde o momento da compra ou doação até o último proprietário. Os indícios levantados no parâmetro histórico-contextual são imprescindíveis para as análises técnicas e científicas de uma perícia.
As esculturas sacras são representações materiais da fé católica, sobretudo de Jesus Cristo, Nossa Senhora e os santos, absorvendo características da fatura técnica dos artistas e traços fisionômicos das regiões onde foram produzidas. De acordo com sua funcionalidade devocional, as imagens podem ser retabulares, processionais ou de vestir, narrativas ou grupos escultóricos, e as de oratório. Outra diferenciação ocorre por meio da fatura das obras, sendo classificadas como eruditas, populares e de fronteira. As imagens eruditas seguem preceitos singulares ao seu estilo, representando da melhor maneira uma “escola artística”, influenciada por aspectos culturais existentes em cada época e lugar [5].
Até o final do século XVIII, os suportes das esculturas sacras eram confeccionados em barro, madeira, rocha e marfim, variando conforme a região. Quanto à policromia, camada de tinta aparente nas imagens, as técnicas mais aplicadas eram a carnação (tinta a óleo), para pintar as partes visíveis do corpo, e o estofamento (têmpera), para pigmentar os panejamentos e acessórios da indumentária. No douramento, as técnicas mais empregadas eram o esgrafiado ou sgrafito, o puncionamento, a pastiglia e a pintura a pincel. Para os ornamentos, aplicavam-se cabelos humanos, tecidos, rendas, pedras, resinas e madrepérolas. Na feitura da policromia, eram inseridos olhos de vidro, lágrimas e gotas de sangue de resina, contribuindo para o realismo escultórico [6].
Durante a vigência do Barroco e do Rococó, na América Portuguesa, sucedeu uma mudança significativa na talha das imagens sacras. O eixo central da escultura passou a percorrer transversalmente da cabeça até um dos pés, sobretudo o esquerdo. O panejamento deslocava-se pelo corpo, dando movimento e equilíbrio à composição. Eram utilizados drapeados, plissados e pregas prevendo a ilusão de mobilidade escultural. A dramaticidade teatral era visível nas peças, destacando emoções, expressões e gestos. Os cabelos ganhavam penteados, tranças e laços rebuscados. As esculturas tinham um excessivo douramento com folhas de ouro. A policromia manteve tonalidades fortes, como marrons, verdes, vermelhos e azuis. As estamparias reproduzem elementos florais, folhagens e volutas. As bases eram volumosas ou simples, com presença de querubins. As imagens eram adornadas com coroa ou resplendor de ouro ou prata, além de outras aplicações em ourivesaria.
A partir da contextualização da produção sacra do século XVIII, estudou-se a história de Antônio Francisco Lisboa e suas principais obras, considerando as características materiais, estilísticas e culturais daquela época. As criações artísticas do “Aleijadinho” podem ser classificadas em três fases: I – Formação do estilo (c. 1760-1774): período de juventude cronológica e artística do mestre; uso excessivo de dobras e recortes no panejamento, movimentação confusa e sem sugestão das linhas do corpo, com linhas fisionômicas estáticas; maior definição da expressividade do olhar e ligeiro estrabismo; sobrancelhas altas e arqueadas; modelado liso do rosto; queixo em montículo com um pequeno furo central; panejamentos exagerados e sem naturalidade, com certa desproporção entre tronco e pernas. II – Realidade idealizada (c. 1774-1790): momento de intenso reconhecimento do artista, execução de grandes encomendas e diminuição da produção de esculturas devocionais. Ocorre o nascimento de seu filho e os primeiros sintomas de sua doença. Fase de maior audácia e aprimoramento técnico no domínio dos médios expressivos. Busca pela perfeição técnica, realismo criativo e poder de sugestão espiritual. Os panejamentos caem com mais naturalidade e as formas do corpo não têm cortes. Exímio cuidado e sensibilidade na elaboração das mãos e pés. III – Espiritualidade sublimada (c. 1790-1812): fase da criação e colaboração em obras monumentais; estilização dos cabelos; bigodes unidos ao septo nasal; desenho do rictus da sobrancelha; olhos amendoados com lacrimais acentuados e íris plana [7].
A contextualização da escultura, num período pré-estabelecido da produção do mestre (3ª fase), resultou na recolha de vinte “obras testemunhas”, preservadas em instituições culturais de prestígio, que, por sua proveniência, documentação e antiguidade, são consideradas autênticas e com caráter indubitável. Como essas obras pertencem a diferentes entidades, foi necessário obter o maior número de amostras possíveis para o êxito da perícia iniciada. Tais obras serviram como fundamentação comparativa para determinar se a peça examinada correspondia ou não ao artista questionado.
No parâmetro contextual, houve a preocupação em apontar os conflitos de autoria e as polêmicas em torno do mestre. A equipe também comparou as características pictóricas de “Aleijadinho” com os acontecimentos históricos importantes ligados à escultura. Mediante pesquisas genealógicas, biográficas e documentais, foram apresentados os estudos de proveniência da peça para comprovar sua historicidade e seus proprietários desde o século XVIII até o século XXI. Nomes ilustres na história hispano-platina, como Francisco Antonio de Beláustegui Foruria, Pedro Alcántara Capdevila Vigo, Manuel Guillermo Pinto Lobo e seus descendentes estiveram ligados à proveniência do objeto questionado.
Em 1810, Francisco Belaustegui (1767-1851), nobre espanhol, grande comerciante, domiciliado em Buenos Aires, foi perseguido por discordar do novo governo em decorrência da Revolução de Maio. Durante anos, permaneceu exilado em Montevidéu e no Rio de Janeiro. Pedro Capdevila (1786-1829), genro e sócio de Francisco, solicitou ao seu sogro, o general Manuel Guillermo Pinto Lobo (1783-1853), que ele fosse anistiado. Com seu apoio, Belaustegui voltou para Buenos Aires, proclamada capital da República Argentina. Como gratidão, enviou ao general um crucifixo de madeira talhada, com escultura policromada de Cristo Crucificado, atribuído às oficinas de Antônio Francisco Lisboa. A obra foi aceita por Manuel Guillermo, depois, herdada por Juana Rita, sua filha, e repassada às gerações posteriores para culto doméstico.
Assim sendo, compreende-se que a escultura analisada corresponde a uma produção erudita, objeto devocional para culto privado, imagem de oratório, que tem correspondência com a terceira fase de produção do mestre. A pesquisa de proveniência confirmou a contemporaneidade dos fatos relatados com a temporalidade criativa do artista. As relações contextuais e históricas da peça com a produção do Aleijadinho são contundentes.
Parâmetro técnico
Na perícia de obra de arte, o parâmetro técnico corresponde aos estudos estéticos, técnicos e materiais, baseados em análises estilísticas e linguísticas de um objeto. Essas avaliações incluem um profundo estudo da fatura técnica da peça, assim como as ferramentas utilizadas e as condições em que a obra foi executada. Nesse parâmetro também ocorre a análise material do objeto, destacando-se sua identificação físico-química e sua relação com a produção do artista estudado.
O estudo estético examina a morfologia e execução técnica da peça em relação às obras consideradas indubitáveis (testemunhas), buscando a confirmação de semelhanças formais e coerências estético-estilísticas. A análise linguística; a fatura técnica do artista em momentos pré-definidos; a tomada de decisão sobre as linguagens de comunicação; a proporção de ouro e as operações retóricas empregadas para criar a obra (estudo da Gestalt) fazem parte dessa primeira aproximação. Nesse momento da perícia, foram detectados elementos necessários para as análises materiais posteriores.
Já o estudo técnico contempla a análise da feitura da obra, conforme métodos e procedimentos específicos, identificando os materiais utilizados e a manipulação técnica aplicada ao trabalho, bem como o detalhamento das habilidades motoras finas (Pinacologia aplicada à escultura), que permite supor a autoria da peça. Durante a peritagem, foram realizados testes biométricos com metodologia similar à identificação facial, cuja tecnologia mapeou a estrutura óssea do rosto, revelando o distanciamento entre olhos, nariz, boca e orelhas. As medições foram codificadas digitalmente com a finalidade de comparação e verificação. O dispositivo de reconhecimento facial identificou a imagem da fronte e a comparou com a que estava no banco de dados, conferindo formas, estruturas e proporções do rosto, distância entre olhos, nariz, boca e queixo, contornos superiores das órbitas, lateralidade bucal e facial, localização do nariz e dos olhos, e ossos de verificação, na área circundante.
A expertise também foi apoiada em estudos e publicações acadêmicas, especificamente sobre o trabalho do mestre, como por exemplo a análise de 64 obras incontestáveis do artista, sob ponto de vista da execução técnica, descrita na comunicação “Antônio Francisco Lisboa e o conjunto escultórico dos Passos da Via-Sacra do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, Minas Gerais: dados históricos, aspectos iconográficos e técnicas da fatura do escultor” [11], apresentada no IX Colóquio Luso-Brasileiro de História da Arte (2014), promovido pela Universidade Federal de Minas Gerais. Outro trabalho consultado foi a tese “Metodologia de leitura e análise dimensional aplicada ao estudo das faces de 15 esculturas de Antônio Francisco Lisboa, mestre Aleijadinho” [12], que apontou as relações métricas das formas esculpidas, indicando variáveis constantes e padrões existentes no processo criativo do artífice. Para complementar, considerou-se as reflexões do artigo “Anatomia e arte do mestre Aleijadinho: uma ferramenta metodológica para o ensino da anatomia humana” [13], publicado na Educere – Revista da Educação da Universidade Paranaense, que tratou da evolução técnica do artista quanto aos detalhes anatômicos de suas esculturas.
O estudo material ocorre em simultâneo às análises estético-técnicas, nas quais são realizados testes laboratoriais para confirmar a datação da obra e o tempo da sua produção. No caso da escultura devocional atribuída a “Aleijadinho”, foram analisadas as peças de metal que compõem a cruz e as tintas usadas na policromia, além da identificação técnico-científica da madeira utilizada como suporte.
As imagens abaixo fazem parte do parâmetro técnico, onde foram estudadas e comparadas as seções da anatomia da peça em questão com as imagens das obras consideradas testemunhas.
De acordo com os resultados das análises estilísticas e técnicas da obra, em comparação com as obras testemunhas, pôde-se confirmar inúmeras correspondências formais da escultura questionada. Há similitudes na proporção, desenho, escolha de materiais e ferramentas utilizadas na criação desse pequeno objeto devocional. No ponto de vista técnico, a obra tem correspondência com a fase de maturidade da produção de Antônio Francisco Lisboa.
Parâmetro científico
Nesse momento da peritagem (parâmetro científico) é possível confirmar de forma confiável a composição físico-química dos materiais que compõem uma obra de arte, assim como a possibilidade de datar a peça conforme esses resultados e os critérios do perito-chefe.
Primeiramente, o perito-ourives analisou o metal utilizado no resplendor, assim como pregos e placas que compõem a cruz, onde a escultura foi afixada. O teste realizado teve a finalidade de avaliar a qualidade do metal presente na peça e ratificar o elemento químico e seu nível de pureza. A metodologia aplicada foi o método não-destrutivo de análise de metais por meio reativo aquoso acidificado (ácido nítrico).
Nas amostras de pigmentos e cargas foram encontrados enxofre e mercúrio (zona vermelha), compatíveis com a composição de sulfureto de mercúrio (vermelho/cinábrio/vermilion), tipo de pigmento avermelhado usado para pintura de quadros e murais. Além disso, identificou-se a presença de realgar, que é um mineral composto de sulfureto de arsênio, com coloração vermelho alaranjado ou amarelo alaranjado. Foi constatado branco de prata (chumbo) na zona branca da amostra, bastante utilizado em pinturas até a descoberta do branco de zinco em 1830. No suporte da escultura, confirmou-se que se trata de madeira do gênero Cedrela, chamada usualmente como cedro americano. Todos esses materiais e elementos identificados na obra estavam disponíveis no mercado e eram amplamente empregados nas criações artísticas entre os séculos XVIII e XIX. Esses resultados permitiram atestar coerência temporal, com a possível datação determinada no parâmetro contextual, condizente à terceira fase de produção do artífice. Isso também foi ratificado no parâmetro técnico.
Conclusão
Neste estudo foi exposta a pesquisa pericial de uma escultura sacra atribuída a Antônio Francisco Lisboa. As correspondências histórico-contextuais e sua relação com a história familiar, que foi proprietária do objeto há dois séculos, permitiram confirmar uma correspondência com a terceira fase de produção do artista, e que, segundo os estudos da proveniência, a peça foi adquirida antes de 1830 no Brasil e enviada à Argentina.
Do ponto de vista estético, a obra tem correspondências estilísticas com as produções artísticas devocionais para culto privado, imagem de oratório, guardando relação de tamanho e qualidade com obras estudadas desse período. A peça apresenta equivalência técnica com relação às obras testemunhas. A escolha dos materiais, o tipo de policromia, o nível de resolução anatômica e as características marcantes da produção do “Aleijadinho” encontram-se na escultura. Finalmente, os estudos da materialidade confirmaram a coerência temporal das matérias-primas utilizadas e a concordância com as preferências do mestre para esse tipo de peça nesse contexto específico.
Conclui-se que o Cristo talhado em madeira de cedro e crucificado numa cruz de jacarandá, complementada com resplandores e pregos de prata, tem correspondência com a produção de Antônio Francisco Lisboa, representando a perícia realizada uma fonte de pesquisa documental de uma obra inédita, que deverá ser incorporada ao acervo catalogado do mestre brasileiro.
Notas
[1] GIVOA ART CONSULTING. Perícia nº 037-2020. Antônio Francisco Lisboa. São Paulo: Givoa, 2022.
[2] A Givoa Art Consulting é uma empresa fundada na Argentina, em 2012, que investiga, atribui e avalia obras de artes e antiguidades, oferecendo serviços de perícia artística, avaliação comercial e consultorias técnicas. O trabalho é realizado por uma equipe interdisciplinar, constituída por peritos e avaliadores de obras de arte, museólogos, conservadores-restauradores, historiadores da arte e especialistas em grafotécnica, numismática, ourivesaria e gemologia.
[3] O laudo pericial foi registrado na Blockchain mediante a criação de um NFT da obra e vinculação a um chip NFC, colado na base do objeto para seu registro e identificação digital via Tokenizart.com.
[4] Equipe formada por Gustavo Raul Perino (Perito e Avaliador de Obras de Arte – Perito Responsável), Azanate Rodrigues Rodrigues (Conservadora e Restauradora de Obras de Arte – Perita Consultora), Tarcísio Pereira Bastos (Historiador – Consultor), Mario Florán (Perito e Avaliador de Obras de Arte – Consultor) e Luis Verpoest (Perito e Avaliador de Obras de Arte – Assistente Técnico).
[5] FABRINO, Raphael João Hallack. Guia de Identificação de Arte Sacra. Rio de Janeiro: Iphan, 2012.
[6] Idem.
[7] OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. O Aleijadinho e sua oficina: catálogo das esculturas devocionais. São Paulo: Capivara, 2002.
[8] OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. Os passos de Congonhas e suas restaurações. Brasília, DF: Iphan, 2011.
[9] Transcrição do recibo: “Nº 1. R(ecebi) do Irmão Vicente cento e setenta e sete oitavas e três quartos de ouro, procedidas dos jornais de mim e dos meus oficiais que trabalhamos nas obras de Escultura dos Passos da Paixão do Senhor de Matosinhos desde o primeiro de agosto até o último de dezembro deste presente ano e para clareza faço este de minha letra e sinal. Matosinhos das Congonhas do Campos de 1796. Antônio Francisco Lisboa” (Fonte: Idem, p. 40).
[10] MOURA, Rodrigo (org.). Imagens do Aleijadinho. São Paulo: MASP, 2018.
[11] ELIAS, Lucienne Maria de Almeida; SOUZA, Luiz Antônio Cruz; SANTOS, Antônio Fernando Batista. Antônio Francisco Lisboa e o conjunto escultórico dos Passos da Via-Sacra do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, Minas Gerais: dados históricos, aspectos iconográficos e técnicas da fatura do escultor… In: Anais do IX Colóquio Luso-Brasileiro de História da Arte em homenagem aos 200 anos da morte de Antônio Francisco Lisboa – o Aleijadinho, 02 a 05 de novembro de 2014, Belo Horizonte, UFMG, 2014.
[12] ELIAS, Lucienne Maria de Almeida. Metodologia de leitura e análise dimensional aplicada no estudo das faces de 15 esculturas de Antônio Francisco Lisboa, mestre Aleijadinho. Tese de Doutorado. Belo Horizonte: EBA/UFMG, 2015.
[13] SOUSA, Luiz Eduardo; CUNHA, Thiago Rodrigues Araújo. Anatomia e arte do mestre Aleijadinho: uma ferramenta metodológica para o ensino de anatomia humana. Educere – Revista da Educação, UNIPAR, Umuarama, v. 17, n. 1, p. 65-78, 2017.
Gustavo Raul Perino
Bacharel em Peritagem e Avaliação de obras de arte pela Universidad del Museo Social Argentino. Revalidação do diploma no bacharelado em museologia pela UNIRIO. Pós-graduado em gestão cultural e comunicação pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais – FLACSO. Co-coordenador do curso de pós-graduação em peritagem de obras de arte pela Universidade Santa Úrsula no Rio de Janeiro e São Paulo. Perito judicial TJSP e Membro do Instituto de Avaliação e Autenticação de Obras de Arte – i3a. Membro do comitê científico das jornadas de peritagem de arte na Universidad Antônio de Nebrija, Madri, Espanha. Membro da Associação Nacional de Pesquisa em Tecnologia e Ciência do Patrimônio – ANTECIPA. Participou de mais de 100 projetos de peritagem de arte em diversos países.
Tarcísio Pereira Bastos
Historiador (Universidade Salgado de Oliveira). Especialista em Patrimônio Cultural (Fundação Oswaldo Cruz). Mestre em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (PPGPAT/COC/FIOCRUZ). Pós-graduando em Peritagem e Avaliação de Obras de Arte (Universidade Santa Úrsula). Pesquisador do Grupo de Trabalho História e Patrimônio Cultural (ANPUH). Pesquisador da Grifo Projetos Históricos e Editoriais. Atua nas áreas de História Cultural e Social, Memória Institucional e Empresarial, Business History, Gestão de Acervos Históricos e Preservação de Bens Culturais.
… v.7, n.13 (2023)
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