| Vanice Jeronymo |
Expõe-se, aqui,parte da riqueza dos núcleos fabris engendrados por duas grandes indústrias brasileiras: a Companhia Melhoramentos de São Paulo, construída no local onde hoje se reconhece a cidade de Caieiras; e a Companhia Brasileira de Cimento Portland Perus, distribuída entre o distrito paulistano de Perus e a cidade de Cajamar. Tais empreendimentos, localizados às margens do Rio Juqueri e seus afluentes, formaram, até os anos de 1980, um importante cinturão industrial. Seus remanescentes, embora se desvanecendo na paisagem paulista, representam um respeitável legado cultural da indústria e da memória do trabalhador.
Às margens de um pequeno trecho da antiga estrada de ferro São Paulo Railway, emerge parte dos remanescentes arquitetônicos das duas indústrias (Fig. 1). Nas imediações da estação Perus, avista-se um eclético casarão que surpreende quem por ali passa devido ao inusitado de sua presença naquele local. Trata-se do Palacete dos Dias, também conhecido como Casarão da Fazendinha (Fig.2). Ao fundo da paisagem, observa-se uma profusão de volumosos elementos, horizontais e verticais: vestígios da Cia. Brasileira de Cimento Portland Perus (Fig.3). Adiante, nas proximidades da estação de Caieiras, alguns dos edifícios restantes da Cia. Melhoramentos podem ser vistos, destacando-se o antigo armazém e almoxarifado (Fig.4).
Fig. 1 – Desenho esquemático para visualização da localização geral dos empreendimentos industriais. À esquerda, em amarelo, localiza-se a região de grande concentração de jazidas calcárias, onde foram formados os assentamentos operários dos trabalhadores de Gato Preto e Água Fria e à direita da figura, observa-se a localização da fábrica de cimento, cujo entorno foi também constituído de vilas para os trabalhadores da Cia. Brasileira de Cimento Portland Perus. No alto da figura, observa-se a localização das principais unidades fabris que pertenceram à Cia. Melhoramentos de São Paulo.Em suas proximidades estabeleceram-se mais de 30 vilas para acomodação de seus trabalhadores. Em verde, vê-se o trajeto da Estrada de Ferro Perus-Pirapora, inaugurada em 1914 e seus pontos de parada; em lilás, a Rodovia Anhanguera, inaugurada em 1940; em rosa o traçado da Estrada de Ferro Santos Jundiaí, da SPR, inaugurada em 1867; em ocre, a Rodovia dos Bandeirantes, inaugurada em 1978. Acima, em rosa pontilhado, o trajeto da Estrada de Ferro da Cia. Melhoramentos de São Paulo. As estradas de ferro pertencentes às empresas operavam no transporte de material e pessoal entre as vilas e unidades de produção até as estações da SPR. Desenho sem escala. Fonte: JERONYMO (2016); JERONYMO (2011), com base em <http://efperuspirapora.blogspot.com.br/p/historia.html>. Modificado e ampliado.
Partindo-se de Perus, no sentido noroeste, seguindo-se por aproximadamente 20 quilômetros pelo que restou dos trilhos da antiga Estrada de Ferro Perus-Pirapora, chega-se a Cajamar, onde é possível deparar-se com a escola (Fig.5), o ambulatório (Fig.6), clubes, igrejas, casas (Figs.7 e 8), entre outros elementos que também compuseram a Cia. Brasileira de Cimento Portland Perus, nas proximidades de suas pedreiras. Concentra-se, portanto, entre Caieiras, Perus e Cajamar, um rico acervo do recente passado industrial paulista. Entretanto, a fragmentação deste patrimônio, aliada ao estado precário de sua conservação e ao avanço da deterioração sobre seus elementos dificultam sua identificação.
Ao longo dos anos, a população de Caieiras, Cajamar e Perus, que em sua formação contou com grande número de operários da indústria e seus familiares, manteve estreitas relações com os remanescentes destes conjuntos. Suas vidas mesclaram-se à existência das empresas e de seus núcleos fabris, assim como ao próprio desenvolvimento das cidades.
Companhias Melhoramentos e Companhia Brasileira de Cimento Portland Perus: gênese, auge e declínio
As iniciativas de edificação de moradias por industriais para a retenção e modelagem da mão de obra nas proximidades de seus empreendimentos resultaram dos efeitos da Revolução Industrial inglesa sobre as cidades, a partir do século XVIII. Caracterizado pela substituição dos métodos de produção artesanais pela produção em máquinas, tal processo envolveu a transformação da mão de obra artesanal em assalariada e de parte do campesinato em operariado. Assim, devido ao crescimento extraordinário do número de habitantes, as iniciativas para promover habitações operárias resultaram, em parte, em tentativas da indústria para organizar a moradia do trabalhador face ao caos urbano [1].
No Brasil, tal prática foi intensificada entre a segunda metade do século XIX e final do XX, coma criação de vilas operárias em centros urbanos e de núcleos fabris em localidades rurais,cujo padrão de gestão operária suscitou a formação de um cotidiano peculiar nestes espaços, organizados de forma intrinsecamente ligada à produção industrial de suas unidades fabris [2].
Como núcleos fabris entendem-se as instalações industriais construídas em locais distantes dos centros urbanos,que ofereciam uma complexa estrutura formada por casas e serviços destinados à educação, saúde e lazer dos operários e suas famílias. Estas áreas atraíam os empreendedores, principalmente, devido à presença de fartos recursos naturais, aos baixos valores das terras e ao isolamento, que propiciava um maior controle e ingerência da indústria sobre o cotidiano [3].
Ao final do século XX, estes modelos entraram em colapso no país. A modernização das tecnologias constituiu fenômenos que transformaram os modos de produção tradicionais e impactaram diretamente nas estruturas dos complexos fabris que, somado à crise econômica que assolou o Brasil nos anos de 1980, refletiu significativamente nas formas de gestão dos trabalhadores, provocando a redução de seu contingente, a substituição por mão de obra terceirizada e a aceleração dos desmontes destes empreendimentos. A manutenção dos núcleos fabris passou a ser entendida como onerosa aos proprietários e acionistas que,induzidos por diferentes motivações, passaram a promover a demolição desses edifícios ou transformações nas formas de utilização [4]. É neste contexto que a criação, trajetória e declínio dos núcleos fabris edificados pelas Companhias Melhoramentos e Cimento Portland Perus estão inseridos.
A origem do núcleo fabril da Cia. Melhoramentos vincula-se à construção de fornos de barranco, por volta de 1877, para a produção de cal na fazenda de Antonio Proost Rodovalho–que, mais tarde, tornou-se Fazenda Industrial Cayeiras e, em 1890, Cia. Melhoramentos de São Paulo–, e à fabricação de artefatos cerâmicos para a construção civil, além de diferentes tipos de papéis. O núcleo fabril engendrado ao redor desta produção absorveu as construções da antiga fazenda e atingiu o auge entre os anos de 1920 e 1960, sob a administração da família alemã Weiszflog [5]. Neste período, deu-se a expansão do núcleo com novas construções e, no início da década de 1950, este já se estruturava em três grandes comunidades principais – Caieiras/Cerâmica, Fábrica de Papel e Monjolinho –,desdobrando-se em pequenos agrupamentos e vilas [6].
Houve, nas vilas da Cia. Melhoramentos, entre 1920 e 1958, um número aproximado de 600 casas para moradias de famílias e operários solteiros. Em tempos diversos funcionaram no local açougue, correios, alfaiatarias, bandas de música, barbeiros, bares e sorveterias, bibliotecas, casas de móveis, cinemas, clubes, clínicas dentárias, armazéns, escolas, escritórios, hospital, lojas de armarinho, relojoaria, sapatarias, teatro, quitandas, padarias, oficinas de costura e mecânicas [7].
A partir de 1960, intensificou-se o incentivo à saída dos moradores das vilas do núcleo fabril. O período foi marcado pela consolidação de empresas ligadas à Companhia Melhoramentos, voltadas às atividades urbanizadoras, e pelo impulso ao processo de desmonte do antigo núcleo fabril, entre os anos de 1980 e 1990 [8]. Com a valorização da área, devido ao incremento do sistema viário após os anos 2000, as demolições foram acentuadas, tornando-se rara a presença de edifícios desprovidos de alguma monumentalidade [9].
Em Cajamar e Perus, a gênese dos núcleos fabris construídos pela Cia. Brasileira de Cimento Portland Perus vinculou-se a dois empreendimentos industriais: a exploração de minérios e pedras em Água Fria e Gato Preto, atual município de Cajamar, administrada pela família Beneduce desde o início do século XX; e a estrada de ferro, mais tarde nomeada Estrada de Ferro Perus-Pirapora, que operava desde 1914 fazendo a conexão entre as pedreiras e a Estação de Perus. Ambos os empreendimentos já estavam em funcionamento quando, em 1926, por iniciativa conjunta entre industriais brasileiros e canadenses,a fábrica de cimento foi construída nas imediações da Estação Perus [10].
Em função dessas atividades, com a absorção da estrutura já existente e com a construção de novas edificações, a empresa organizou seu núcleo fabril ao redor das pedreiras, em Cajamar, e nas proximidades da fábrica de cimento, em Perus. O núcleo totalizou cerca de 450 moradias [11]. Há notícias da existência de vilas pioneiras junto a Água Fria, conhecida pelo nome “Acampamento”, e ao bairro dos Pires, próximo a Gato Preto [12]. Inicialmente, foram construídos, em Perus, os edifícios ligados à fábrica, os quartos para solteiros, pensão, Vila Fábrica, Vila Triângulo e algumas casas para os funcionários ligados à administração. Posteriormente, foi implantada no local a Vila Portland. Da mesma forma, procedeu-se à ampliação junto às jazidas, cujo entorno foi tomado por moradias que formaram a Vila Água Fria e Vila Nova. Escolas, ambulatório, restaurante, entreposto, armazéns, oficinas, igrejas, pensão, clubes e campos de futebol completavam a estrutura.
A Cia. Brasileira de Cimento Portland Perus foi considerada a primeira fábrica do país a produzir cimento em ritmo industrial e seguiu em expansão até a metade do século XX, quando se iniciou a gestão Abdalla. Deram-se início, neste momento, os movimentos operários e desentendimentos entre estes e os novos patrões.Tal período de tensões, somado à desativação das pedreiras, ferrovia e fábrica, ocorrida entre os anos de 1983 e 1987, e à insatisfação dos proprietários frente à abertura de processos de tombamento de seus empreendimentos, refletiram em profundas alterações físicas dos núcleos. Ocorreram demolições nas duas localidades, mas, pode-se dizer que em Perus, os remanescentes permaneceram, em maior parte, vazios e entregues ao abandono e à deterioração. Em Cajamar, onde parte das instalações foi absorvida pelo município, ocorreu o reaproveitamento das edificações para usos diversos, sobretudo, residenciais [13].
Arquitetura: a matéria
Em termos gerais, no circuito Perus-Cajamar e Caieiras, viu-se a expressão de uma arquitetura diversificada, ora vinculada às características arquitetônicas rurais, ora vinculada à estética fabril, fortemente ancorada nas noções de economia, eficiência, utilidade, funcionalidade e na difusão de materiais e elementos industrializados. O aproveitamento dos edifícios pertencentes aos estabelecimentos anteriores, junto às novas edificações erigidas pelas indústrias, contribuiu para a formação de um cenário de morfologia mesclada entre modelos que se utilizavam de técnicas construtivas tradicionais e outros que optavam pela plástica, projeto, materiais e técnicas inovadoras naquele momento.
Em sua maioria providas de fogões a lenha, as moradias dos núcleos de ambas as companhias apresentavam tipologias diversas e eram distribuídas de acordo com a estratégia industrial, na qual as casas dotadas de maiores sofisticações e confortos eram destinadas, frequentemente, aos profissionais mais especializados. Em Caieiras, observou-se que as moradias construídas até a década de 1920 apresentavam peculiaridades comuns às casas de colonos das fazendas: longas fileiras de casas com plantas simplificadas, construídas em taipa de mão ou tijolos de barro e cobertas com telhas de barro tipo capa e canal e tipo francesa (Fig.9). No período de modernização das construções – entre as décadas de 1930 e 1940 –, começaram a emergir modelos inspirados nos bangalôs americanos compostos por casas isoladas, geminadas duas a duas ou em blocos, às vezes com porões e pequenas varandas e, quase sempre, com acesso a grandes quintais para criação de animais e cultivo de hortas caseiras (Figs. 10 e 11). Os modelos geminados, erguidos em tijolos de barro aparentes, embora com variações entre si, configuraram o padrão construtivo mais difundido entre as casas da Companhia Melhoramentos [14].
Em Perus, nas vilas Fábrica e Triângulo (Figs.12 e 13) e, em Cajamar, nas vilas de Água Fria e Gato Preto (Figs. 8 e 14), as casas edificadas pela Companhia de Cimento Perus seguiam modelos semelhantes, nos quais foram proeminentes as pequenas moradias em renque, com fachadas de porta e janela, sem recuos frontais ou laterais e casas isoladas ou geminadas. A Vila Portland (Fig.15) e a Vila Nova (Fig.7) exibiram a predominância das casas geminadas com maiores dimensões e refinamentos [15].
As linguagens arquitetônicas ecléticas e modernas se fizeram presentes nos núcleos de ambas as empresas. Ver-se-á esta arquitetura expressa nos edifícios residenciais ou nas edificações de uso coletivo em diferentes aspectos. Em Caieiras,pode-se observar edifícios ecléticos inspirados em construções filiadas ao neoclassicismo, como o Armazém (1885) (Fig.4), às construções neorromânicas, como a Igreja do Rosário (1917); ou ainda inspirados nos dois estilos, como sugere o edifício da oficina mecânica (1922). A capela de São José (1933) (Fig.16) evidencia uma arquitetura filiada ao neocolonial. A arquitetura clássica inspirou as construções de pedra que abrigaram a antiga fábrica de papel. Os fornos de cal, com suas típicas alvenarias autoportantes, tornaram-se as maiores referências no patrimônio arquitetônico local (Fig. 17) [16].
Em Perus e Cajamar, algumas construções como o edifício de apoio ao funcionamento da ferrovia, conhecido como Casarão do “M” (1910) (Fig. 18), o Casarão dos Beneduce, edificado em Gato Preto,e o Palacete dos Dias [17] (Fig.2) exibiram feições ecléticas. A linguagem moderna mostrou-se bastante presente nos prédios ligados à fábrica de cimento (1926), assim como em alguns postos e paradas da Estrada de Ferro Perus-Pirapora e em moradias do núcleo. A linguagem arquitetônica das inovadoras casas erguidas pela Cia. de Cimento Perus – que seguiam modelos facilmente identificáveis, com a incorporação de coberturas inclinadas de cimento com beirais ligeiramente arrebitados, alvenarias de blocos de cimento e a presença de elementos em suas coberturas e paredes, que almejavam permitir maior ventilação dos ambientes –, formou o padrão construtivo mais difundido pela empresa. Em Gato Preto, os fornos de cal, também haviam se tornado referência do patrimônio e da origem da cidade [18].
A preservação dos remanescentes: a memória
Os núcleos fabris, à parte suas instalações, constituem lugares de memória operária.O processo de consolidação, desenvolvimento e desmonte dos núcleos não ocorre sem deixar marcas, pois criam-seregistros das atividades, dos costumes, das tecnologias e das culturas da sociedade. São os registros da acumulação de tempos que se impregnam na paisagem [19] e esta se compõe por importantes representações que abarcam tudo aquilo que está não apenas à frente de nossos olhos, mas também dentro de nossas mentes [20].
Assim, elaboram-se novos significados para as instalações dos núcleos, diferentes daqueles que deram sentido às suas criações. À medida que,nessas instalações, se desenvolveram novos modos de vida, essas foram deixando suas identidades como apoio à indústria para assumirem, ao longo do tempo, a posição de exemplares representativos de uma artisticidade, historicidade e afetividade.
Se, por um lado,os núcleos fabris e seus lugares do trabalho são lembrados muitas vezes como a localidade da disciplina, da subserviência, da exploração e da exaustão [21]; por outro lado, são também os espaços onde se formaram as primeiras redes de solidariedade. Embora a fábrica apareça como a rígida organizadora da vida social e o principal elemento que aporta o lugar da memória operária, regendo o tempo e o cotidiano do trabalhador, o horizonte operário não se limita a ela. Coexistem outros espaços que também emergem carregados de memórias e símbolos, tais como as moradias, os clubes, os bares, as ruas;nos quais se constroem e afloram lembranças e sentimentos [22]. Essa apropriação, em geral, motiva as coletividades a empenharem-se na busca pela preservação dos remanescentes do patrimônio industrial.
Em Caieiras, onde a solicitação para tombamento estadual foi rejeitada pelo Condephaat [23], pode-se considerar que as indicações na lei orgânica do município foram insuficientes para garantir a preservação dos remanescentes da Cia. Melhoramentos, que foram demolidos em grande número. Em termos práticos, não foram implantados programas municipais de preservação e salvaguarda dos edifícios considerados históricos. Observaram-se dificuldades no trato da questão que envolveu a gestão municipal, a Companhia e outros órgãos ligados às obras de ampliação e modernização da cidade.
No caso dos remanescentes da Cia. de Cimento Perus, o tombamento estadual de parte da Estrada de Ferro Perus-Pirapora e seus elementos [24], juntamente com o tombamento municipal de parte das instalações dispostas em Perus[25], não impediram o arruinamento dos remanescentes que permanecem em abandono e entregues à deterioração. Em Cajamar, onde não ocorreu nenhuma forma de proteção legal sobre os remanescentes, deram-se demolições sumárias, como o arrasamento dos fornos de cal de Gato Preto e do assentamento operário edificado ao seu redor.
Por descaso, ingerências ou interesses escusos, matéria e memória dos núcleos fabris da Cia. Melhoramentos e da Cia. de Cimento Portland Perus reduziram-se a fragmentos que, resistindo ao tempo e aos contextos, ainda insistem em manterem vivas lembranças de fábricas e indústrias que,em tempos passados, criaram “cidades” e transformaram vidas.
Notas
[1] BENÉVOLO, Leonardo.História da cidade. 3ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.
[2] CORREIA, Telma de Barros. Pedra: plano e cotidiano operário no sertão. Campinas: Papirus, 1998. Série Ofício de arte e forma.
[3] Idem.
[4] CORREIA, Telma de Barros. Moradia e trabalho: o desmonte da cidade empresarial. In: Anais do sétimo encontro nacional da Anpur. Recife, 1997.
[5] DONATO, Hernani. 100 Anos de Melhoramentos. São Paulo, Melhoramentos, 1990.
[6] Sobre os mais de 30 agrupamentos e vilas que se formaram no local, consultar: JERONYMO, Vanice. Caieiras:núcleo fabril e preservação.Dissertação de Mestrado. São Carlos: Instituto de Arquitetura e Urbanismo, USP, 2011.
[7] Idem.
[8] DONATO, Hernani, op. cit.
[9] JERONYMO, Vanice, op. cit., 2011.
[10] SIQUEIRA, Elcio. Companhia Brasileira de Cimento Portland Perus: contribuição para uma história pioneira do ramo no Brasil (1926-1987). Dissertação de Mestrado. Araraquara: Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, 2001.
[11] JERONYMO, Vanice.Conflitos, impasses e limites na preservação do patrimônio industrial paulista: o caso da Perus (CBCPP). Tese de Doutorado. São Carlos: Instituto de Arquitetura e Urbanismo, USP, 2016.
[12] ANJOS, Ana Cristina Chagas et al. O rio pelos trilhos: introdução à história de Perus e Cajamar. Caieiras: Instituto de Pesquisas em Ecologia Humana, 2008.
[13] JERONYMO, Vanice, op. cit., 2016.
[14] JERONYMO, Vanice, op. cit., 2011.
[15] JERONYMO, Vanice, op. cit., 2016.
[16] Para maior detalhamento destas construções, consultar: JERONYMO, Vanice, op. cit., 2011.
[17] Antes da chegada da fábrica de cimento, este palacete pertenceu à família Dias, proprietária de uma fábrica de pólvora no local. Com a saída dos Dias da residência, sobretudo devido ao incômodo gerado pelo espargimento de pó de cimento nas imediações, o palacete, conhecido por “palacete dos Dias”, foi alugado durante vinte anos para a indústria cimenteira. Nele, inicialmente, foi instalada uma hospedaria para funcionários solteiros e, posteriormente, na década de 1950, quando já havia sido adquirida pela CBCPP, passou a acomodar famílias de funcionários graduados e de proprietários. Consultar:BURKE JR., Edward. A família Burke no Brasil. Londrina, 04 nov. 2008. Disponível em:<http://familiaburkenobrasil.blogspot.com.br/>. Acesso em: 15/10/2014. Consultar: SIQUEIRA, Elcio, op. cit., 2011.
[18] Para maior detalhamento consultar:JERONYMO, Vanice, op. cit., 2016.
[19] SANTOS, Milton. Pensando o espaço do homem. São Paulo: Edusp, 2004.
[20] MEINIG, Donald W. O olho que observa: dez versões da mesma cena. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, UFRJ, n. 16, p. 35-46, jul.-dez. 2003. Publicado originalmente em Landscape Architecture, vol. 66, jan. 1976. Traduzido por Werther Holzer (UFF). Disponível em:<http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/ espacoecultura/article/view/7762>.Acesso em: 11/10/2015.
[21] JEUDY, Henry-Pierre. Espelhos das cidades. Tradução de Rejane Janowitzer. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2005.
[22] RÉBÉRIOUX, Madeleine. Os lugares da memória operária. In: Departamento de Patrimônio Histórico. O direito à memória. Patrimônio Histórico e Cidadania. São Paulo: DPH, 1992. p. 47-56.
[23] CONDEPHAAT. Processo n. 394/2007. Solicitação de tombamento da Companhia Melhoramentos. CONDEPHAAT. Processo n. 679/2007.Solicitação de tombamento da Companhia Melhoramentos.
[24] CONDEPHAAT. Processo n. 21273/1980. Solicitação de tombamento da Estrada de Ferro Perus-Pirapora. CONDEPHAAT. Resolução SC n. 05, de 19 jan. 1987. Resolução de tombamento acervo da Estrada de Ferro Perus-Pirapora, no Município de São Paulo. CONDEPHAAT. Resolução SC n. 56,de 13 dez. 2000. Resolução de tombamento da Estrada de Ferro Perus-Pirapora, no Município de São Paulo.
[25] CONPRESP. Resolução n. 27/1992. Resolução de tombamento como bens de interesse histórico, social, arquitetônico e tecnológico na Quadra 007, Setor 187, localizada no Distrito de Perus; CONPRESP. Resolução n. 36/1992,de 04 dez. 1992. Resolução de abertura de processo de tombamento da área conhecida como “Fazendinha”, localizada no Distrito de Perus, próxima ao leito da antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí; CONPRESP. Resolução n. 19/2004,de 30 nov. 2004. Resolução de revisão do tombamento da Antiga Companhia Brasileira de Cimento Portland Perus, localizada na Subprefeitura de Perus, definido pela Resolução nº 27/1992, de 11 set. 1992; CONPRESP. Resolução n. 10/ 2005,de 20 dez. 2005. Resolução de tombamento da edificação conhecida como Casarão da Fazendinha, situada em área que integrava a antiga Companhia de Cimento Portland Perus, às margens da linha férrea da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, no Distrito de Perus; CONPRESP. Processo n. 1989-0.002.597.Abertura do processo de tombamento da Fábrica de cimento Portland Perus; CONPRESP. Processo n. 1992-0.009268-3. Abertura do processo de tombamento do Casarão da Fazendinha.
Vanice JeronymoArquiteta e Urbanista formada pela Universidade Braz Cubas, com mestrado e doutorado pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP, São Carlos (IAU-USP).Possui especialização em Patrimônio Arquitetônico: Preservação e Restauro pela Universidade Cruzeiro do Sul. Dedica-se ao estudo do patrimônio industrial, suas relações com a cidade e com a comunidade.
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